O câncer colorretal (intestino grosso) é um dos mais incidentes tipos de neoplasia maligna em todo o mundo. No Brasil, é o segundo tipo que mais acomete as mulheres e o terceiro em homens. São estimados 32.600 novos casos para 2015, no país. O risco aumenta com a idade e raramente ocorre antes dos 40 anos, exceto nas formas hereditárias.
Após os 50 anos de idade, a incidência aumenta rapidamente (aproximadamente 90% dos casos), por isso se justifica o rastreamento a partir desta idade.
Fatores de risco para o surgimento do câncer colorretal
- Dieta: rica em carne vermelha e gordura animal, assim como a presença de altos níveis de colesterol nas fezes, estão associados com o aumento no risco de carcinoma colorretal. Fibras diminuem o risco da doença.
- Pólipos: a maioria dos tumores colorretais surgem de pólipos (podem ser benignos, malignos ou não neoplásicos) e a maioria é menor que 1cm
- Sedentarismo
- Tabagismo
- Consumo excessivo de álcool
Rastreamento do câncer colorretal:
O objetivo do rastreamento é a detecção de tumores iniciais e a prevenção da carcinogênese, através da detecção e remoção de adenomas (crescimentos de origem glandular que podem evoluir para tumor).
Na população assintomática, sem fatores de risco aumentado para o desenvolvimento de câncer colorretal, o rastreamento deve ser iniciado aos 50 anos. Isso porques 19% dessa população está em risco de desenvolver pólipos adenomatosos e 5% desses, podem progredir para um carcinoma colorretal.
Sintomas do câncer colorretal
Pacientes com câncer colorretal podem apresentar:
- Sangramento anal
- Anemia
- Dor abdominal
- Alteração do hábito intestinal
- Anorexia
- Perda de peso
- Náusea
- Vômitos
- Fadiga
Nos casos avançados, o paciente pode apresentar dor no quadrante superior do abdome, hepatomegalia (aumento do fígado), ascite (barriga d’água) e linfonodos supra-claviculares.
Diagnóstico
Avaliação clínica do carcinoma de cólon deve incluir colonoscopia e biópsia, radiografia de tórax, exames laboratoriais, CEA (marcador tumoral). Nos casos de câncer de reto, devem ser utilizados exames de imagem (Ultrassonografia endorretal, ou ressonância Magnética da pelve) para o planejamento terapêutico.
Tratamento para câncer colorretal
A cirurgia em geral é utilizada em praticamente todos os casos em que pode haver a cura, e às vezes, é o único tratamento necessário. O procedimento é realizado, com a remoção cirúrgica de uma parte do cólon, com as margens de segurança (parte saudável do intestino) e a drenagem linfática (linfonodos regionais).
Uma grande parte dessas cirurgias atualmente pode ser realizada por videolaparoscopia, utilizando incisões menores, menos trauma cirúrgico e recuperação mais rápida, com segurança oncológica adequada.
Alguns casos necessitam de estomias (bolsinhas com o intestino exteriorizado no abdome) provisórias ou definitivas.
Tumores mais avançados podem necessitar de quimioterapia e radioterapia, dependendo de sua localização.
Consulte um especialista em cirurgia oncológica e tire suas dúvidas!