O desejo de gravidez pode surgir no casal em qualquer momento da vida. Mas juntamente com o desejo vêm as dúvidas sobre fertilidade. Qual é a idade ideal para engravidar? Até quando posso tentar ter um filho?
Estima-se que no Brasil, aproximadamente 2 milhões de casais possam apresentar dificuldade para engravidar.
A primeira questão que deve ficar clara é a de que a dificuldade em ter filhos é do casal, não devendo ser atribuída como culpa de um dos parceiros. No geral, 35% dos casos de infertilidade têm causa feminina, 35% masculina, 20% de ambos e 10% não têm uma causa aparente.
A chance de um casal, sem nenhum problema de infertilidade, engravidar em casa, é de aproximadamente 15% por mês (pouco, não é?!). Mas em um ano esse índice atinge de 80% a 90% de chance.
Dúvidas frequentes sobre fertilidade
- Qual é a idade ideal para engravidar?
A idade é o fator crucial para mulher, já que há uma queda progressiva da fertilidade ao longo dos anos. Os problemas de fertilidade aumentam após os 35 anos e se acentua ainda mais após os 40. Juntamente a essa queda, há um crescimento do risco de aborto e anomalias cromossômicas.
- Até quando posso tentar engravidar naturalmente antes de achar que tenho algum problema?
Um casal é considerado infértil quando a gestação não acontece após 12 meses de tentativa, tendo relações sexuais frequentes (pelo menos duas vezes semana) sem uso de nenhum método anticoncepcional. No caso de mulheres acima dos 35 anos, diminuímos esse tempo para seis meses.
- Existem exames para testar a minha fertilidade?
Os exames utilizados hoje em reprodução assistida não servem para testar a fertilidade feminina ou comprovar a mesma, mas sim investigar uma possível causa de infertilidade. Pensando nisso, nos valemos de exames como espermograma, cariótipo, hormônio anti-mulleriano, histerossalpingografia, USG transvaginal com preparo intestinal/RNM pelve, dosagens hormonais, pesquisa de trombofilias, entre outros.
- Quais são os tipos de tratamento?
Os tratamentos de reprodução assistida podem ser divididos em dois grandes grupos: os de baixa e os de alta complexidade. Os de baixa complexidade compreendem o coito programado e a inseminação intrauterina.
Os de alta complexidade são os famosos tratamentos de fertilização in vitro. São considerados assim por necessitarem de um bom laboratório de embriologia para manipulação das células geminativas e dos embriões.
Dra. Ana Paula Aquino
Médica ginecologista
Especialista em Reprodução Humana, membro da Clínica Huntington